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Virgílio de Cumas | Goiânia GO
Tento acordar n’alguma hora cinza de uma quinta avulsa
Me aquecer de novo na fleumática luz que cai sem rima
Procuro perdoar-me daqueles descompassados desamores
Dos dissabores, de todas as imagens desprovidas de cores
Vivo avizinhado por um espírito que outro dia teve sede
Que tencionava teu beijo, a brisa adamada que fluía de tua boca
Naufragado por tormentas vãs, pelas multiversas dores cortesãs
Implorando para que o passado renasça sem reserva no amanhã
Respiro, ainda que indeciso
Divago, sem um tom preciso
Restauro-me, sempre indefinido
E quando tudo falta, quando o chão sob meus pés se “amovediça”
Reavivo tuas linhas na fantasia silente de memórias que inexistem
Como também corro pela relva orvalhada de um outono desolado
Porque tudo que é sombra, sobra e, no fim das contas, soçobra
E respiro, ainda que indeciso
E divago, sem um tom preciso
E me restauro, sempre, sempre indefinido
Me aquecer de novo na fleumática luz que cai sem rima
Procuro perdoar-me daqueles descompassados desamores
Dos dissabores, de todas as imagens desprovidas de cores
Vivo avizinhado por um espírito que outro dia teve sede
Que tencionava teu beijo, a brisa adamada que fluía de tua boca
Naufragado por tormentas vãs, pelas multiversas dores cortesãs
Implorando para que o passado renasça sem reserva no amanhã
Respiro, ainda que indeciso
Divago, sem um tom preciso
Restauro-me, sempre indefinido
E quando tudo falta, quando o chão sob meus pés se “amovediça”
Reavivo tuas linhas na fantasia silente de memórias que inexistem
Como também corro pela relva orvalhada de um outono desolado
Porque tudo que é sombra, sobra e, no fim das contas, soçobra
E respiro, ainda que indeciso
E divago, sem um tom preciso
E me restauro, sempre, sempre indefinido