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Maria C Xavier | Divinópolis MG
Ao entrar na senzala
Sente a umidade da sala.
E passei a pensar,
Como viviam naquele frio lugar?
Gargantilhas por todo o corpo,
Braços, perna, pescoço.
Um serviço tão ignorado,
Incríveis sofredores
Nada valorizados.
Não me imagino naquele lugar,
Sem família e sem um verdadeiro lar,
Com o único direito
De pensar.
Eram vigiados
E totalmente machucados.
Vários castigos dados,
Um futuro amargo,
Sem um anjo a amparar
E portugueses a pecar.
Mas na verdade,
Guerreiros inegáveis
Que lutavam sem parar,
Com objetivo de fugir daquele lugar.
O pé no chão,
O trabalho nas costas,
Mãos geladas
E famílias separadas.
Trabalhando sem parar,
Terra para cavar,
E no fundo achar ouro,
Mas no fim do dia
Obrigado a entregar.
Escravos são amigos,
Portugueses inimigos.
Quero revidar,
O sofrimento que os negros tiveram de passar.
E nunca mais me lembrar
Dessa história da qual quero me libertar.
Sente a umidade da sala.
E passei a pensar,
Como viviam naquele frio lugar?
Gargantilhas por todo o corpo,
Braços, perna, pescoço.
Um serviço tão ignorado,
Incríveis sofredores
Nada valorizados.
Não me imagino naquele lugar,
Sem família e sem um verdadeiro lar,
Com o único direito
De pensar.
Eram vigiados
E totalmente machucados.
Vários castigos dados,
Um futuro amargo,
Sem um anjo a amparar
E portugueses a pecar.
Mas na verdade,
Guerreiros inegáveis
Que lutavam sem parar,
Com objetivo de fugir daquele lugar.
O pé no chão,
O trabalho nas costas,
Mãos geladas
E famílias separadas.
Trabalhando sem parar,
Terra para cavar,
E no fundo achar ouro,
Mas no fim do dia
Obrigado a entregar.
Escravos são amigos,
Portugueses inimigos.
Quero revidar,
O sofrimento que os negros tiveram de passar.
E nunca mais me lembrar
Dessa história da qual quero me libertar.