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Maruz | Recife PE
Ao nado cansativo de um náufrago sentimental
E a rápida e desesperada
Respiração
Interrompida pelas águas invasivas
Que adentra os pulmões...
Pobre Náufrago,
Rasga os braços cansados do nado
Que não tem fim
E te afoga de uma vez
Neste mar que tu criaste
Mas nunca atinaste
Que quem te estica a "mão amiga"
Também amarra os pesos a teus pés
E te puxa
Pra baixo.
O sufoco desesperado de teus gritos
Silenciados pela água
Fria e amarga
Que invade-te adentro
Dói aos ouvidos de quem se recusa
A ouvir
Para com a balbúrdia,
Náufrago barulhento,
E morre tácito
Para assim podermos
Retirar os tampões
Que incomodam os ouvidos.
E a rápida e desesperada
Respiração
Interrompida pelas águas invasivas
Que adentra os pulmões...
Pobre Náufrago,
Rasga os braços cansados do nado
Que não tem fim
E te afoga de uma vez
Neste mar que tu criaste
Mas nunca atinaste
Que quem te estica a "mão amiga"
Também amarra os pesos a teus pés
E te puxa
Pra baixo.
O sufoco desesperado de teus gritos
Silenciados pela água
Fria e amarga
Que invade-te adentro
Dói aos ouvidos de quem se recusa
A ouvir
Para com a balbúrdia,
Náufrago barulhento,
E morre tácito
Para assim podermos
Retirar os tampões
Que incomodam os ouvidos.