Alma gêmea

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Semoyn | São Paulo SP
É constante;
este intermitente peso sobre meus ombros,
esta dormência em meu peito,
a fadiga em meu rosto.

Transformo linhas paralelas
em uma única só,
viro este transtorno.

Coroou-o e sofro,
dispondo-me ao teu apoio
ou a realizá-lo a ti.
Escravizo-me ao teu amor.

Pois não há sorriso que me tome
da mesma forma que tomaste-me
E não há toques quaisquer
que desmanche-me como tú.

E tu foge,
esvai-se.
Sela os dedos, dá as costas
propõe presença
distribui incertezas
e deixa-me aqui.

E sofrer é uma mera consequência
para a infinidade de belezas que me dispõe.

Tentas correr de tal amor,
mas acabas por voltar depois.
A constância mais exata é das almas enlaçadas,
e a tua com a minha compactua
para um dia um fim a dois.

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