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Alvalade | Curitiba PR
(I)
Tudo escuro, sem inspiração,
como um muro contra a imaginação.
Canções perdidas, telas queimadas,
páginas rasgadas, sentidos inúteis.
Pode ser que a verdade não esteja lá fora,
pode ser que eu não tenha todo o tempo do mundo.
Tudo sem nada, sem música,
sem pintura, sem poesia.
Mas nada é exatamente tudo
o que preciso agora para recomeçar a criar.
Assim vou convertendo memórias em rascunhos,
assim vou transformando a vida numa obra de arte.
(II)
Vou trocar o erro pela honra,
o osso pelo aço, o vazio pela vida.
Vou acrescentar poesia à música,
música à pintura, pintura à poesia.
Algumas coisas me mantém vivo,
existem outras, para as quais eu vivo.
E voltam as recordações: a canção preferida,
a imagem remota, a palavra-chave.
Sou sócio dos poetas mortos, sou o que puder sonhar,
sou autor, sou obra, sou o que Deus quiser.
Assim vou redefinindo acordes, cores e letras,
assim vou redescobrindo os estados da arte.
Tudo escuro, sem inspiração,
como um muro contra a imaginação.
Canções perdidas, telas queimadas,
páginas rasgadas, sentidos inúteis.
Pode ser que a verdade não esteja lá fora,
pode ser que eu não tenha todo o tempo do mundo.
Tudo sem nada, sem música,
sem pintura, sem poesia.
Mas nada é exatamente tudo
o que preciso agora para recomeçar a criar.
Assim vou convertendo memórias em rascunhos,
assim vou transformando a vida numa obra de arte.
(II)
Vou trocar o erro pela honra,
o osso pelo aço, o vazio pela vida.
Vou acrescentar poesia à música,
música à pintura, pintura à poesia.
Algumas coisas me mantém vivo,
existem outras, para as quais eu vivo.
E voltam as recordações: a canção preferida,
a imagem remota, a palavra-chave.
Sou sócio dos poetas mortos, sou o que puder sonhar,
sou autor, sou obra, sou o que Deus quiser.
Assim vou redefinindo acordes, cores e letras,
assim vou redescobrindo os estados da arte.