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Guilherme Batido-de-Pera | Alcobaça PT
Nascer, viver, morrer...
No começo, devagar, aprender a existir
Sem pensar, sentir eterno o mundo e o prazer
E eu, no centro do mundo, fiz perguntas, vivi
Encontrando respostas no mundo sem fim
Já não sou mais o centro e à pressa hoje eis
Que aprendo a não existir nunca mais
Sem buscar mais perguntas; respostas somente
E o mundo de outrora já me é tão distante
Perguntei ao prior e contou-me que Deus
Fez o mundo e que os homens a Si são iguais
Que o mundo não dura, mas os homens no fim
Vão um dia para sempre viver junto a Si
Eu rezei todo o dia, implorei por perdão
E esperei que no céu me ouvisse alguém
Mas ninguém me ouviu, ainda o mesmo é o céu
E o meu quarto é ainda sozinho e vazio
Disse um professor que era tudo invenção
Fez-se o mundo sozinho e nós homens também
Sem sentido e sem estarmos no centro de nada
Estando apenas algures no imenso da vida
E eu li todo o dia e escrevi para quem sabe
Encontrar entre os livros a eternidade
Mas ninguém me lembrou e eu lembrei-me no fim
Que mesmo que me lembrem não estarei mais aqui
No fim lá encontrei neste mundo o amor
E ele trouxe a resposta sem sequer o saber
Sem me fazer o centro de todo o universo
Fez-me o centro dos seus dois braços abertos
E embora esta vida pareça tão curta
Aprendi a existir; não existir pouco importa
Só me resta ensinar e sentar junto a mim
Este que é quem eu fui e a quem digo assim:
Nascer viver morrer...
No começo, devagar, aprender a existir
Sem pensar, sentir eterno o mundo e o prazer
E eu, no centro do mundo, fiz perguntas, vivi
Encontrando respostas no mundo sem fim
Já não sou mais o centro e à pressa hoje eis
Que aprendo a não existir nunca mais
Sem buscar mais perguntas; respostas somente
E o mundo de outrora já me é tão distante
Perguntei ao prior e contou-me que Deus
Fez o mundo e que os homens a Si são iguais
Que o mundo não dura, mas os homens no fim
Vão um dia para sempre viver junto a Si
Eu rezei todo o dia, implorei por perdão
E esperei que no céu me ouvisse alguém
Mas ninguém me ouviu, ainda o mesmo é o céu
E o meu quarto é ainda sozinho e vazio
Disse um professor que era tudo invenção
Fez-se o mundo sozinho e nós homens também
Sem sentido e sem estarmos no centro de nada
Estando apenas algures no imenso da vida
E eu li todo o dia e escrevi para quem sabe
Encontrar entre os livros a eternidade
Mas ninguém me lembrou e eu lembrei-me no fim
Que mesmo que me lembrem não estarei mais aqui
No fim lá encontrei neste mundo o amor
E ele trouxe a resposta sem sequer o saber
Sem me fazer o centro de todo o universo
Fez-me o centro dos seus dois braços abertos
E embora esta vida pareça tão curta
Aprendi a existir; não existir pouco importa
Só me resta ensinar e sentar junto a mim
Este que é quem eu fui e a quem digo assim:
Nascer viver morrer...