Indigente

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Eder Solano | Vila Velha ES
Sempre escutou meu lamento,
silente e meio sem graça,
em seu divã de cimento,
a estátua inerte da praça.

Sem lhe garantir provento
atende e nunca rechaça
o seu paciente sedento
de peito nu, sem couraça.

A inerte amiga me escuta
e nada pede em permuta,
apenas ouve o que falo...

Até que me afaga, o vento
e no divã de cimento,
eu adormeço… e me calo.

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