Dulce, aquela...

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Leoa | Osasco SP
Vivo enrolada num cesto a sondar
Aspergindo veneno
Enquanto mordo
Sou uma serpente
Sem complementos
Igual à vegetação.

A vida barroca é minha indumentária
Sibilo e danço o deserto sonoro
Visito duas aranhas vermelhas
Há uma rama folhagem vermelha
Medo? De viagem...
Azul... É a escrita...

Faço um balaio de penas
Quero ouvir o som da trompa... Da tuba...
Rastejando alcanço seus olhos a lhe dizer...
Já deixei a pele de serpente...
A transformação exige
Algo a mais de mim...

Vivo em flashbacks... Igual à memória de uma vida
Inconsciente...
Devaneio em bistrôs, e boates
Há esfarelar o tempo...
A aura repete as palavras, reconhecendo revelações...

Apaixono-me perdidamente... Não existe refúgio...
 Leio amores incestuosos
Liquefeita, maldita
Salvarei vidas...
Não abandonarei a paz...
Páginas arrancadas não impedem meu sucesso...

A ação persiste, há cortes pertinentes
A fotografia emoldura a dimensão...
Organizamos uma festa...
Vocês são os convidados
Arrastamos um tesouro até o palco
Espalhamos pedras preciosas pelo ambiente...

Discorremos desejando vocês...
Abro o vidro de perfume cigano para batizá-los
Boa festa
Desfrutem a alegria
Podem entrar...

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