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Policarpo Carnaval | São Paulo SP
Sem pressa.
Sem pressa convido.
Senhora vestida;
Casaco de peles.
Pérolas.
Jóias das mais caras e raras.
Sem freio.
Sem freio duvido.
Ó pungente olhar.
Senhor de terno, abrupto,
Passeando pelos gabinetes pedindo.
Todos – eu não sabia – todas as classes pedem esmolas.
Todos – desconhecia – estabelecem leis, heresias.
Rondando o parlamento das esquinas
Vai o mendigo em seus andrajos, suave.
Ó plácido andar.
Esse ar, esse ar respiro.
Sacos repletos de latinhas de cerveja – suspiro.
Vem outro velho, barbado – com a pele preta.
Sem dolo,
Impiedoso,
Nego-lhe um real.
Todos infectos.
Todos decentes.
Todos vestidos de qualquer modo.
Todos sujeitos à atmosfera.
Esperam glória.
Glória.
Sem pressa convido.
Senhora vestida;
Casaco de peles.
Pérolas.
Jóias das mais caras e raras.
Sem freio.
Sem freio duvido.
Ó pungente olhar.
Senhor de terno, abrupto,
Passeando pelos gabinetes pedindo.
Todos – eu não sabia – todas as classes pedem esmolas.
Todos – desconhecia – estabelecem leis, heresias.
Rondando o parlamento das esquinas
Vai o mendigo em seus andrajos, suave.
Ó plácido andar.
Esse ar, esse ar respiro.
Sacos repletos de latinhas de cerveja – suspiro.
Vem outro velho, barbado – com a pele preta.
Sem dolo,
Impiedoso,
Nego-lhe um real.
Todos infectos.
Todos decentes.
Todos vestidos de qualquer modo.
Todos sujeitos à atmosfera.
Esperam glória.
Glória.