A iminência do toque

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JK | Curitiba PR
Na rua perto da minha casa
Ouço sons que soam para mim
Menos como flamingos na escuridão
Lembranças de cores e semelhanças
Vibrantes na luz da emergente
O descaso é melancolia, característica
Dessa sensação de distanciamento de tudo o que
É próximo, é vivo, é urbano
Esperado.

Ainda assim, no alto da preguiça
E da sequência rotineira das rotações diárias
(uma atrás da outra)
Entre corpos humanos ideais
Idealizados no toque,
No prazer abstrato

Quando concretizado já nada mais significa.

Sem passar por aqui
A sua mão desliza.
Calmamente buscando
O nanosegundo, micro
Fragmento do inatingível
Parte da dança e da memória
Pouco notado
E ali, apenas na sala de espera
No aguardo para a redenção
Ápice da busca pelo algo mais

Nos traz de volta à Terra.

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